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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Fim do mundo ainda está longe



Especialistas desvendam o que há por trás desse antigo código
Publicado no Jornal OTEMPO em 27/11/2012



Na última reportagem da série, o Esotérico ouviu especialistas sobre o tão falado e mal-interpretado calendário maia. O que ele revela? "Os maias tinham conhecimentos astronômicos surpreendentes, conhecendo o ano trópico com um erro de 17,28 segundos, o ciclo lunar com um erro de 23 segundos, o ciclo de Vênus (584 dias) com um erro de um dia em 6.000 anos", explica Peter Leroy, do grupo de astronomia e astrofísica da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e fundador do Centro de Ensino Interativo de Ciências Experimentário.
Leroy revela que os maias tinham tabelas de eclipses solares que abrangiam 33 anos, conheciam todos os planetas visíveis e seus períodos sinódicos, e marcavam o deslocamento de várias constelações, como as Plêiades (Tzab), os Gêmeos(Ac ) e o Cão Maior. Eles determinavam com precisão os solstícios e os equinócios e construíam locais sagrados para essa marcação ou observação dos astros (Caracol ou Observatório em Chichen Itzá).
"Eles nos legaram o calendário de curta contagem que harmoniza o ciclo de 260 dias, e o calendário Haab de 365 dias. Os dois calendários coincidem no mesmo ponto de partida a cada 52 anos. O calendário de longa duração ou longa contagem é feito em dias (kins), abrangendo um período de milhares de anos. Os maias definem um grande ciclo da história da humanidade, dividido em 13 baktuns (ciclos), com previsões para cada um deles. A data de início mais aceita é de 13 de agosto de 3113 a.C., o que leva a uma data final em 21 de dezembro de 2012", diz o astrofísico. Na prática, a teoria dessa civilização que tinha um conhecimento excepcional de astronomia, sinaliza para o início de um novo ciclo, e não o fim do mundo.

"O que os maias realmente afirmam é que o corpo de luz dos homens se fundirá como corpo de luz do planeta Terra, e esse com Hunabku, doador único de movimento e ritmo, princípio da vida que está além do Sol. Essa seria a transformação da matéria. Sabemos que o mundo se transforma acada instante, desde sempre, e que a verdadeira catástrofe está dentro de nós. A reconstrução também. O mundo precisa de mudança de base agora. Os efeitos da mudança de clima podem não ter volta, por isso precisamos estar comprometidos com uma nova humanidade. Não é preciso esperar uma catástrofe eminente para agir. Se não olharmos para o presente, não haverá futuro", pontua Leroy.
A jornalista Ana Elizabeth Diniz escreve neste espaço às terças-feiras. E-mail:anadiniz@terra.com.br
CICLOS
Algo grandioso deve ocorrer no plano espiritual
O povo maia desenvolveu mais de 20 calendários. É o que ensina Ka Ribas, historiador e pesquisador de culturas ancestrais. "O que se encerra em 21 de dezembro de 2012 é o chamado calendário de contagem longa, que registra 13 baktuns (grandeza de tempo maia), que correspondem a cerca de 5.200 anos solares", diz.

Segundo ele, os calendários são instrumentos de contagem do tempo e, em si, não dizem nada. "Porém, dentro da visão do mundo indígena e maia, em particular, o tempo é cíclico ecada fim sempre gera outro. Assim, a humanidade já vivenciou cinco grandes eras. Grandes ciclos de tempo ou eras se alternam, sendo o momento de transição de um ciclo a outro um período crítico de profundas transformações", diz o historiador.

Ribas explica que a Terra está se regenerando e, para fazer parte dela, é preciso que os seres humanos mudem radicalmente seus paradigmas, valores, hábitos e posturas. "Ou acompanhamos a evolução do planeta ou corremos o risco de nos transformar, como ocorreu com os dinossauros, em fósseis". O historiador não sabe exatamente o que acontecerá no solstício de dezembro de 2012. "Admiro e confio na sabedoria e no conhecimento dos ciclos de tempo dessas tradições. Pode ser que não se manifeste nada de imediato na realidade física, mas que algo grandioso acontecerá nos planos espiritual e energético tenho certeza. A questão é se nós vamos fazer parte dessa festa ou se, ao contrário, iremos, estupidamente, manter uma estrutura arcaica". (AED)
NATIVO
Xamãm exicano defende uma mudança cósmica
Quetza Sha é um xamã mexicano, decifrador dos centros de poder em todo o mundo, mensageiro mundial de códigos espirituais e autor de 27 livros. Aos 9 anos, foi iniciado por anciãos de diferentes culturas nativas.

Ele ensina que, para os maias, cada ciclo terreno tem 26 mil anos e, no dia 22 de dezembro de 2012, e não no dia 21, vai se encerrar um ciclo energético. "Isso quer dizer que vai se cumprir todo um programa de informação espiritual. Em 2013, vai se iniciar uma nova programação para a humanidade".

Os códices (manuscritos) maias falam de uma transformação por meio da natureza. "Os fenômenos naturais, como equinócios, solstícios e eclipses, marca uma mudança de consciência que vai se manifestar na política, economia, ciência e espiritualidade.

"Nós já estamos vivendo esse tempo de mudança vibratória que se reflete através de uma nova atitude na sociedade. Sempre houve guerras e mudanças climáticas, mas, nesse momento, tudo está precipitado. Os fenômenos astronômicos e arqueológicos estão marcando a realidade desse tempo, assim como a chuva de estrelas. Está acontecendo uma mudança espiritual em todos os âmbitos sociais", diz Quetza Sha.

O xamã define esse momento como uma mudança cósmica, um salto quântico planetário. "Essa não é uma história de dogmas, mas algo que está plasmado nas pirâmides que guardam o futuro da humanidade". (AED)

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