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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Entenda o que são os Nettops

Com a evolução gradual da tecnologia, cada vez mais os aparelhos diminuem de tamanho e ganham mais eficiência. O que um dia já foi do tamanho de uma sala, hoje cabe em nossos bolsos e pode ser levado para qualquer lugar - como já notamos pelos smartphones.
Em meio a tantas outras novidades no mercado, como os ultrabooks e os tablets, já era de se esperar que os nossos 'grandes' desktops também diminuíssem de tamanho. Acontecem que esses substitutos ainda não estão sendo muito divulgadas, mas já estão por aí: são os chamados Nettops.

A grosso modo, os nettops são desktops mais portáteis, com a função de executar tarefas que não exijam muito poder de processamento ou armazenamento da máquina. Tais tarefas incluem a navegação na internet, abertura de arquivos web, documentos simples, leitura de mídias, etc. Desse modo, o nettop é uma versão miniatura do desktop, assim como o netbook o é para o notebook.
Um dos destaques dos nettops é o seu baixo consumo de energia: enquanto computadores normais precisam de 100 Watts para a alimentação, um nettop convencional não precisa de mais do que 10 Watts para executar suas funções. Como esquentam pouco, também, não possuem coolers, fazendo com que sejam mais silenciosos.
O disco rígido usado para armazenamento é, usualmente, o SSD, ajudando no tamanho do aparelho, mas perdendo em armazenamento, pois os SSD não possuem muitas opções. Porém, para um aparelho como esse, onde o foco não é o armazenamento e sim o uso de outras mídias e da internet, a quantidade de gigabytes disponível para esse fim é desconsiderável.

Como era de se esperar, não é possível exigir dos nettops um trabalho mais apurado, com softwares mais complexos ou de navegações mais intensas. Seu tamanho limitado também limita o hardware, tornando-o impossível, por exemplo, para edições de vídeos ou de fotos, ou navegar com milhões de abas abertas. Ainda assim no entanto, é possível rodar alguns jogos.


Os modelos mais básicos de nettops custam, em média, entre 600 e 800 reais. Já um modelo com uma configuração mais potente, como 320Gb de HD, 2Gb de memória RAM e leitor de Blu-Ray, encontra-se na faixa de 1.300 reais. O preço é razoável, já que um desktop convencional com 500Gb de HD e 2Gb de memória está custando 800 reais.
No caso do nettop, paga-se um pouco mais caro, porém você é compensado no tamanho e na beleza do aparelho, bem como no tempo de resposta e nas diversas utilidades do aparelho.
Um uso recorrente dos nettops que passa despercebido é no que diz respeito ao "home automation". Diversas pessoas interligam sua casa a um nettop, podendo, assim, comandar luzes, portões, janelas, sistemas de segurança e qualquer outro circuito eletrônico pela Internet, aonde estiver.

Os aparelhos nettop mais modernos são equipados com saídas mini-HDMI (para serem ligados em televisão de alta qualidade) e, alguns modelos mais 'corajosos', com leitor de Blu-Ray. Essas novidades são ótimas para quem quer ter um aparelho bonito, pequeno, que acesse a Internet, e complemente as funções de sua televisão.

Fonte: Globo.com

terça-feira, 28 de junho de 2011

Qual a diferença entre HD e SSD?

Em uma época onde nossos arquivos não eram armazenados na nuvem (ou seja, na internet), um bom hardware era essencial. Eles eram grandes e parrudos, e possuíam a mesma capacidade de armazenamento do meu atual celular. Tempos depois, com diversas novas possibilidades e tecnologias de armazenamento, foram inventadas algumas nomenclaturas para facilitar a divisão e o entendimento sobre tais aparelhos. Aqui, vamos descrever as diferenças entre os HDs e o SSDs, suas diferenças e semelhanças.

O HD (hard disk, em português disco rígido) é uma parte física e integrante dos computadores e notebooks responsável pelo armazenamento de dados. Sua memória é não-volátil, ou seja, os dados não são perdidos caso o aparelho seja desligado. Todos os dados são gravados em discos magnéticos, e quanto mais finos os discos, melhor será a gravação. Por isso discos de mesmo tamanho podem ter capacidades de armazenamento bem diferentes umas das outras.
Os aparelhos que normalmente utilizam a memória HD de discos magnéticos são os desktops convencionais, os all-in-one (tudo-em-um, como o iMac), os notebooks e os servidores. Eles precisam deste tipo de HD para executar suas funções que usualmente são mais exigentes que nos tablets e smartphones.

O SSD é um pouco diferente. Sua sigla significa solid-state drive, em português unidade de estado sólido. Sua construção é baseada em um circuito integrado semicondutor, feito em um único bloco. Diferentemente do HD convencional, onde o armazenamento é feito em discos magnéticos, ou como os CDs e DVDs, que funcionam com leitura ótica, os SSD podem utilizar a memória RAM, memória flash (como nos cartões SD das câmeras fotográficas) ou o próprio semicondutor.

vantagens do SSD em relação aos HDs: por não possuírem componentes eletromecânicos para a leitura dos arquivos, ele se torna completamente silencioso. Isso também facilita o acesso aos dados, algo primordial para quem precisa de velocidade (ao contrário dos discos rígidos, no qual 'braço' mecânico de leitura precisa ir de uma ponta a outra do disco para ler alguma informação, o SSD tem tudo à mão). Ele também esquenta menos e consome menos energia. Porém, a capacidade de armazenamento é bem menor que a dos HDs usados nos desktops, e seu custo final para o usuário é bem maior.
Smartphones, tablets e nettops estão entre os aparelhos que mais utilizam SSD. Porém, não podemos esquecer também das máquinas fotográficas digitais, que utilizam deste tipo de armazenamento para dar um tempo maior de resposta em suas fotos e armazenar um número bem maior de imagens. Esses aparelhos citados não precisam de uma memória muito grande, porém, precisam que o tempo de resposta seja o mais rápido possível. Um vídeo feito pela Samsung, em inglês, mostra a diferença entre os dois tipos de aparelho.

Para efeitos de comparação, é importante olharmos a média de preço entre os dois. Um HD convencional de 160Gb custa, em média, entre 150 e 200 reais, variando de acordo com o modelo. Já um SSD de 128Gb, um dos maiores do mercado, custa entre 700 e 900 reais. O preço pode parecer muito alto, mas não é usual utilizar esse tipo de SSD; os mais utilizados são os de 16 e 32Gb, que custam entre 80 e 150 reais quando feito de memória flash, ou SSD de 64Gb custando 350 reais, quando é feito de semicondutores.

Com efeito, não existe o melhor modo de armazenar seus arquivos. Tudo vai depender do que você precisa. Caso sua necessidade seja a de armazenar vídeos grandes, filmados em alta qualidade, os SSD não são recomendáveis, visto que o tamanho dos vídeos seria enorme. Porém, em um tablet, onde o tamanho do aparelho é pequeno e o tempo de resposta precisa ser muito rápido, os SSD se fazem essenciais para esse fim.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Empresa chinesa começa a fabricar tablets no Brasil em agosto

Representantes da empresa chinesa de tecnologia ZTE se reuniram nesta segunda-feira (27) com a presidenta Dilma Rousseff e informaram que a empresa produzirá tablets no Brasil a partir de agosto em parceria com empresas locais. "Já fizemos parceria com alguma fábricas no Brasil para a produção local", disse o presidente da ZTE, Hou Weigui.
O presidente da empresa ainda disse a Dilma que a ZTE já investiu no Brasil U$$ 30 milhões do total de US$ 250 milhões anunciados em abril durante visita da presidenta Dilma Rousseff à China, quando ela foi ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da ZTE, em Xian.
Os representantes da ZTE manifestaram a Dilma o interesse em participar da implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). “O projeto de banda larga é nosso foco em duas áreas, wireless e linha fixa. A presidenta Dilma presta muita atenção no desenvolvimento e implantação da banda larga. Com os eventos mundiais como a Copa do Mundo e as Olimpíadas o governo brasileiro quer acelerar o desenvolvimento das telecomunicações ”, disse Hou Weigui.
A empresa chinesa adquiriu um terreno para a construção de uma fábrica em Hortolândia (SP), onde será instalado um parque industrial, e também comprou uma fábrica já pronta. A previsão é que os US$ 250 milhões sejam investimentos até 2014 e a fábrica de Hortolândia empregue 2,5 mil trabalhadores.
A ZTE é fabricante de equipamentos de telecomunicações, de equipamentos 3G e 4G, e de soluções de rede.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Relógio conceito avisa quando você está muito bêbado para dirigir













Um dos acessórios onde os designers mais conseguem estimular a imaginação em seus trabalhos conceitos são os relógios, como por exemplo relógios que são integrados com smartphones que rodam Android, ou até mesmo relógios ecologicamente corretos que precisam ser soprados para funcionar. Então porque não criar um relógio que pode dizer a quantidade de álcool no seu sangue?
A Tokyoflash, uma empresa que é conhecida por fazer vários conceitos interessantes, resolveu inovar mais uma vez. Pensando nas pessoas que acabam bebendo bebidas alcóolicas mais do que deviam, a Tokyoflash criou um conceito de um relógio que funciona como uma espécie de "bafômetro".

É claro que ele também tem todas as funções de um relógio comum, como informar a hora, a data e função de alarme. Mas o que realmente chama a atenção é que ele, na teoria, consegue fazer uma leitura da quantidade de álcool no seu sangue pra dizer o nível da sua embriaguez.


Se você costuma sair a noite com seu carro, mas acaba passando da quantidade de álcool que o seu corpo aguenta, esse conceito foi pensado em você. Pois com um simples sopro o relógio estará apto a lhe dizer se você tem a capacidade de dirigir ou não.
Basta pressionar um botão que o relógio vai abrir o local aonde você deve soprar, em seguida ele exibirá os resultados na tela. Como é apenas um conceito, não se sabe o quão preciso esse relógio poderá ser, caso seja fabricado. Mesmo que ele não tenha a mesma precisão, já é algo pra lhe auxiliar, avisando pra você não dirigir quando estiver bêbado.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Preços do etanol caem em 21 estados, aponta ANP

Porém, houve aumento de preços no Acre, Amapá, Ceará, Paraná e DF.
Em um mês, queda média acumulada do etanol chega a 13,98%.

Da Agência Estado
Preço da gasolina pode ser pesquisado no site da ANP (Foto: Reprodução/TV Globo) 
Gasolina está mais vantajosa no Piauí
(Foto: Reprodução/TV Globo)


Faça o cálculo:
http://g1.globo.com/Noticias/Carros/0,,MUL962062-9658,00-CALCULADORA+MOSTRA+QUAL+COMBUSTIVEL+E+MAIS+VANTAJOSO.html

Os valores médios do etanol hidratado caíram nos postos de 21 estados brasileiros na semana passada, de acordo com dados coletados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). De acordo com o levantamento, houve aumento de preços no Acre, Amapá, Ceará, Paraná e Distrito Federal. Em Roraima, os valores médios ficarem estáveis.
A queda semanal média nos postos brasileiros avaliados pela ANP foi de 1,34%, para R$ 1,913 o litro, o que levou o etanol a 69,06% dos R$ 2,770 cobrados pelo litro da gasolina no país. Com isso, apesar de a gasolina ter vantagem na maioria das unidades da federação, se considerada a média dos preços do país o uso do etanol é mais vantajoso para o consumidor que possui um veículo flex (bicombustível). Em um mês, a queda acumulada do etanol na média brasileira chega a 13,98%.
A vantagem do etanol é calculada considerando que o poder calorífico do motor a álcool é de 70% do poder nos motores à gasolina - ou seja, o motorista tem vantagem econômica com o preço do combustível de cana até esse porcentual do valor cobrado nos postos pelo derivado de petróleo.
A maior queda nos preços do etanol, de 4,84%, foi registrada nos postos de Tocantins. De acordo com os dados apurados pela ANP, o preço médio do litro do etanol naquele estado variou de R$ 2,148 para R$ 2,044 na semana passada e chegou a 69,74% de paridade com a gasolina, que custa em média R$ 2,931. Em São Paulo, maior produtor nacional do combustível, o preço recuou 1,73% na semana passada e acumulou queda de 15,78% no mês. O litro do hidratado nos postos paulistas ficou em R$ 1,649 em média na última semana, ante R$ 1,678 na semana anterior.
Em Minas Gerais, segundo maior produtor, o preço do hidratado caiu 1,29% na semana, de R$ 2,097 para R$ 2,07. No Paraná, terceiro maior produtor, o valor médio subiu 0,11%, de R$ 1,715 para R$ 1,717 o litro. No entanto, em Minas Gerais ainda é mais vantajoso ao consumidor abastecer com gasolina, já que a paridade é de 73,82%. No Paraná, o etanol é mais vantajoso, com paridade em 64,84%.
No Brasil, o menor preço médio para o etanol foi registrado em Mato Grosso, de R$ 1,505 por litro. O preço médio máximo foi de R$ 2,563 por litro, no Acre. O menor valor em um posto foi registrado no Estado de São Paulo, de R$ 1,34 o litro, enquanto o maior custo apareceu em um posto do Pará, de R$ 3,10 o litro.
Etanol x gasolina
Os preços da gasolina seguem mais competitivos que os do etanol em 21 estados brasileiros e no Distrito Federal, de acordo com os dados da ANP. Já o preço do etanol é mais vantajoso que o da gasolina para os consumidores de Goiás, Mato Grosso, Paraná, São Paulo e Tocantins.
Mato Grosso segue como o estado em que o etanol é mais competitivo, com 55,68% do valor médio da gasolina. Na semana passada, os consumidores mato-grossenses pagaram R$ 1,505, em média, pelo preço do álcool e R$ 2,703 pelo da gasolina. Em São Paulo, que concentra quase 60% do consumo de etanol, a proporção está em 61,76%, com o preço médio de R$ 1,649 para o combustível de cana-de-açúcar e R$ 2,67 para o de petróleo.
A gasolina está mais vantajosa principalmente no Piauí, onde a paridade com o etanol chegou a 90,87%. No Estado, a gasolina custa em média R$ 2,575 o litro e o etanol, R$ 2,34. No Amapá, a paridade foi de 86,52% e, no Amazonas, atingiu 86,41%. No cálculo são utilizados valores médios coletados em postos de todos os estados e no Distrito Federal.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

'Aqui, quem protesta não vai preso', diz brasileiro bombeiro nos EUA

O bombeiro Odimar Batista ficou chocado com as notícias que leu a respeito da prisão de seus colegas de profissão que atuam no Rio de Janeiro após protestos por melhores salários e condições de trabalho. Depois de quatro anos trabalhando na função, ele está acostumado a ver seus contratos renegociados periodicamente e a ver manifestações de colegas serem aceitas sem haver repressão. “Aqui, quem protesta não vai preso”, contou ao G1 direto dos Estados Unidos, onde vive desde 1988.
“Os bombeiros aqui nos Estados Unidos, por meio dos sindicatos, podem negociar seus contratos cada vez que eles expiram. Todo trabalhador tem direito a isso”, contou, a respeito da situação na cidade de Wayland, em Massachusetts, onde trabalha.
Segundo ele, sempre existe um ponto de contenção, e é normal haver disputa nas negociações. “Mas tudo é negociado bem detalhadamente. Colocamos o que queremos na mesa e vamos discutindo. Há uma mediação, processo litigioso e tudo é disputado. Em alguns lugares do país, quando não se chega a acordo, os bombeiros fazem protestos, aparecem na mídia, falam, mas não são presos”, disse.
R$ 6,5 mil por mês
Batista respondeu ao contato do G1 e concedeu entrevista desde Massachusetts por telefone usando um iPhone. No Brasil, um aparelho como este custa cerca de R$ 1.500, um valor bem acima do salário inteiro de muitos bombeiros brasileiros.
Segundo Batista, o salário de um bombeiro iniciante em Wayland, cidade em que trabalha, é de US$ 49 mil por ano (equivalente a cerca de R$ 6,5 mil por mês). Além disso, há uma série de “diferenciais”, como curso superior, curso de paramédico e horas extras, que aumentam o valor recebido pelos profissionais.
“Do ponto de vista financeiro, é um trabalho que vale a pena”, disse. Fora o salário, os bombeiros da cidade trabalham em um esquema de dois plantões de 24 horas em 3 dias, seguidos de 5 dias de folga, o que permite que tenham outros trabalhos. “Eu tenho outros dois trabalhos, que ajudam a melhorar a renda”, disse Batista.
Nos Estados Unidos, os bombeiros respondem às cidades em que atuam, e não ao governo do Estado como acontece no Brasil. Os salários são definidos localmente, e variam de lugar para lugar. Em Nova York, por exemplo, o salário inicial dos profissionais é equivalente a R$ 4,3 mil por mês, com 5 reajustes anuais até chegar a R$ 6,1 mil - sem contar benefícios. No caso de paramédicos, o valor é mais alto, e começa em quase R$ 6 mil.
Em todo o país, há muitos voluntários que trabalham como bombeiros, mas a instituição também costuma ter profissionais contratados, de carreira.
Vocação longe de casa
Mineiro de Coronel Fabriciano, Batista morava em Vitória (ES) quando foi para os Estados Unidos, em 1988, aos 17 anos. A ideia era ficar pouco tempo, mas ele começou a trabalhar e acabou ficando até hoje.
Após trabalhar em restaurantes e como pintor, em 1995 ele decidiu que queria ser bombeiro. Fez cursos, testes de seleção, buscou de todas as formas, mas só conseguiu ser aceito em 2008. “O processo é muito rigoroso”, disse. Desde então, já trabalhou em duas cidades diferentes e já esteve em situações de risco, atuando em incêndios residenciais e situações de resgate e busca.
Por mais que se tornar bombeiro tenha sido a realização de vocação, um sonho profissional, Batista disse ao G1 que, por conta da situação dos colegas no Brasil, não aceitaria voltar para o país onde nasceu.
“Gostaria muito de voltar para o Brasil, mas não aceitaria essas condições de trabalho de maneira alguma. Não teria as oportunidades e as condições de trabalho que tenho aqui”, contou. “Arriscamos nossa vida exercendo a função de proteger vidas. É um sacrifício pessoal e familiar. No Brasil, o trabalho é feito sem receber bem, com equipamentos problemáticos e sem poder reclamar. O que está acontecendo é um absurdo”, disse.

Fonte: globo.com

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ameaça de devolução de presos

















Insatisfeitos com reajuste escalonado, PMs, bombeiros e civis se mobilizam 
 
A proposta de reajuste salarial escalonado até 2015, de 97%, para policiais militares, bombeiros e policiais civis de Minas Gerais foi mal recebida pelas categorias, que prometem novas manifestações hoje. Em negociação paralela com o governo, delegados ameaçam tomar uma medida extrema, caso não tenham suas reivindicações atendidas: encaminhar os presos instalados irregularmente em delegacias para as penitenciárias.

Segundo o diretor do Sindicato dos Delegados de Polícia de Minas Gerais (Sindepominas), Ronaldo Cardoso, cerca de 8.500 presos estão detidos em carceragens improvisadas de delegacias em todo o Estado. "Temos delegados trabalhando como carcereiros. Em 15 dias, devemos enviar uma notificação ao Estado sobre a entrega dos presos às penitenciárias", explica Cardoso. Minas Gerais tem um déficit de 12 mil vagas.

Os delegados exigem equiparação do salário inicial, de R$ 5.700, com o de defensor público (R$ 8.000). Ontem, após reunião, eles saíram em passeata pelas ruas do centro até a Assembleia Legislativa. A Secretaria de Estado de Defesa Social informou que só irá se pronunciar depois que os delegados fizerem a notificação.

Hoje, PMs, bombeiros e policiais civis organizam várias manifestações em diferentes pontos de Belo Horizonte. O objetivo, segundo os representantes dos sindicatos, é chamar a atenção do governo e da população sobre as perdas salariais.

Em assembleia na praça da Liberdade, à tarde, os policiais irão apreciar a proposta de aumento salarial escalonado, apresentada anteontem pela Secretaria de Planejamento e Gestão. O aumento concedido pelo governo, dividido em seis vezes, prevê, na primeira parcela, 7% de reajuste e, na última, 15%, quando o salário base chegará a R$ 4.000.

Para o vice-presidente da Associação dos Praças e Policiais e Bombeiros Militares (Aspra-MG), cabo Marco Antônio Bahia Silva, apesar de os militares terem conquistado o aumento no piso salarial, o reajuste seria incorporado pela categoria no fim dos quatro anos. "O governo fala que dará 7% em dezembro deste ano, mas só receberemos em janeiro de 2012", disse.

Para o presidente da Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de São Paulo, tenente Dirceu Cardoso, a proposta mantém a defasagem salarial. "O governo utiliza do artifício de que esses servidores não podem ficar de greve e impõe reajuste que não os favorece", avaliou.

Desvalorização
Economista critica falta de correção inflacionária
O escalonamento em quatro anos do reajuste de 97% de PMs e policiais civis pode representar, no fim do período, em mais perdas. É o que afirma o doutor em economia do Ibmec Márcio Salvato. Segundo ele, o aumento deveria considerar também a inflação do período.

"É preciso que seja considerado essa inflação para que a defasagem não seja alta", disse. Para o economista, a falta de reajuste nos salários pode favorecer a busca por uma renda paralela e, em casos extremos, propiciar a corrupção", afirma Salvato.

Além do reajuste salarial, os policiais civis também pedem por melhores condições de trabalho. Para a categoria, o aumento atende apenas a uma parte das reivindicações. "Pedimos aumento no quadro de funcionários e melhores condições de trabalho, e isso até agora não foi apresentado", disse o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindipol), Denilson Martins. (GS)
Educação no Estado para em 4.496 escolas a partir de hoje
Professores da rede pública estadual entram em greve, a partir de hoje, em todas as 4.496 escolas de Minas Gerais. A paralisação, segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), é uma resposta aos baixos salários e ao descumprimento do governo do Estado em implantar o piso salarial nacional de R$ 1.597 (para 24 horas de trabalho).

Professores cobram ainda a regularização dos direitos dos efetivados. "Até o momento, não tivemos nenhuma sinalização do governo. Vamos ficar em greve até que as negociações comecem", disse a coordenadora geral do Sind UTE, Beatriz Cerqueira.

Hoje, a categoria se reúne na Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte. (GS)
 
Publicado no Jornal OTEMPO em 08/06/2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Com bombas de gás, PM invade quartel tomado por bombeiros no Rio














A tropa de Choque da Polícia Militar (PM) e também policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) invadiram, na manhã deste sábado (4), o Quartel Central do Corpo de Bombeiros, no Centro do Rio de Janeiro, ocupado por mais de 2 mil bombeiros na noite da véspera, numa manifestação por melhores salários e condições de trabalho.
Para entrar no complexo, por volta de 6h10, os policiais usaram bombas de efeito moral e bombas de gás lacrimogêneo. Pelo menos cinco crianças sofreram intoxicação devido ao gás e dois adultos tiveram ferimentos leves na cabeça, por conta das bombas de efeito moral que foram lançadas pelo Bope. Todos estão sendo atendidos no posto no interior do quartel.

Antes da entrada dos PMs, diversas bombas de efeito moral foram lançadas para dentro do quartel. Algumas atingiram a cozinha do complexo, onde havia crianças e mulheres. As explosões causaram pânico no local. Ninguém que estava na ala ficou ferido.
O clima já era tenso no início da manhã deste sábado no Quartel Central. Desde 19h30 de sexta (3), bombeiros ocuparam o pátio e as dependências do complexo. Mulheres e até crianças se uniram a oficiais numa passeata que começou em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e que passou pelas principais avenidas do Centro, até chegar ao quartel.

O Cabo Benevenuto Daciolo, porta-voz do movimento, explicou que entre as reivindicações estão piso salarial líquido no valor de R$ 2 mil e vale-transporte. Segundo ele, a manifestação é pacífica, e o grupo só vai deixar o local após um acordo com o governador Sérgio Cabral.
“Nós temos o pior salário da categoria no país, que é de R$ 950. Estamos há dois meses tentando negociar com o governo, mas até agora não obtivemos resposta. Nosso movimento é de paz e estamos em busca da dignidade. Não vamos recuar até que haja uma solução. Queremos um acordo, queremos que o governador se pronuncie”, disse o porta-voz.

Durante a madrugada, os manifestantes cantaram hinos e promoveram “apitaços” no pátio do Quartel Central.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Criatividade Invenção caseira promete eliminar gases poluentes

Máquina STAP 80 foi criada por dupla sem ligação com universidades
 
Um estudante de engenharia civil e um técnico em eletrônica, preocupados com o efeito estufa, dizem ter inventado um equipamento que, garantem eles, pode eliminar 100% do monóxido de carbono (CO) e do dióxido de carbono (CO²) de caminhões, ônibus e indústrias. À procura de investidores, Thiéveri Junqueira Gomes, 23, e Raimundo Nonato Nogueira, 55, moradores de Cambuquira, no Sul do Estado, vão apresentar hoje a invenção, batizada de STAP 80, a empresários interessados em investir na máquina.

Sem qualquer vínculo com universidades ou laboratórios, os inventores passaram cinco anos desenvolvendo o projeto, que tem nome baseado em "sistema antipoluente" e que, dizem, elimina também 80% da fumaça composta por outros gases poluentes. Nogueira, que é também torneiro mecânico e especializado em máquinas pesadas, desenvolveu a teoria do projeto e Gomes fez os cálculos. "O conhecimento partiu de nós mesmos. Sempre busco aquilo que é de utilidade para a melhoria da vida cotidiana e tenho uma consciência ambiental muito grande", diz o estudante.

Segundo Gomes, no início do projeto, os inventores pensaram em usar catalizadores, mas não iriam chegar ao resultado que gostariam. "Sabíamos, na teoria, que era possível eliminar o monóxido e o dióxido de carbono. Chegamos à conclusão de que, com um gel, conseguiríamos", conta ele sobre um composto químico que inventou para reagir com os gases. "São componentes da natureza, mas a fórmula dele é uma invenção minha", brinca. O gel reagido com a poluição, segundo ele, é rico em carbono e pode ser usado para corrigir o pH do solo.

Para desenvolver o equipamento, os inventores fizeram maquetes. Depois, contaram com o espaço de oficinas da região para criar em escala real. "Esses profissionais abrem espaço para esses trabalhos. Compramos peças em uns lugares, a caixa em outro e fomos desenvolvendo em vários pontos. Fomos comprovando tudo e colocamos na prática", conta Gomes, que trancou o último período da faculdade para se dedicar mais ao projeto.

Gomes diz que essa não é sua primeira invenção. "Desenvolvi equipamentos, como implementos agrícolas. Temos outros projetos e trabalho com iniciação científica", conta. O modelo do STAP 80 não serve para carros, mas pode ser adaptado em veículos com motor a diesel, segundo o inventor.  
Aceitação
Dupla idealiza venda a baixo custo
Sem condições para fabricar vários modelos, Thiéveri Junqueira Gomes e Raimundo Nonato Nogueira esperam conseguir investidores. Os inventores pretendem que o equipamento seja vendido a baixo custo e que o gel possa ser comercializado em postos de combustíveis. "A instalação de um aparelho desse (em caminhão) não passaria de R$ 3.000. O gel seria vendido separadamente, com custo aproximado de R$ 0,50 a cada mil quilômetros rodados", afirma Gomes.

Hoje, o equipamento instalado em um caminhão será avaliado por empresários interessados em comprovar a invenção. Na próxima semana, os inventores vão acompanhar outros possível compradores.

"Eles vão medir a emissão dos gases e verificar se foram eliminados. Não tem o que ser discutido e acho que terá aceitação imediata. É só imaginar a cidade de São Paulo com 80% a menos de poluição", idealiza Gomes, otimista. (AJ) 
 

Publicado no Jornal OTEMPO em 03/06/2011