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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Com bombas de gás, PM invade quartel tomado por bombeiros no Rio














A tropa de Choque da Polícia Militar (PM) e também policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) invadiram, na manhã deste sábado (4), o Quartel Central do Corpo de Bombeiros, no Centro do Rio de Janeiro, ocupado por mais de 2 mil bombeiros na noite da véspera, numa manifestação por melhores salários e condições de trabalho.
Para entrar no complexo, por volta de 6h10, os policiais usaram bombas de efeito moral e bombas de gás lacrimogêneo. Pelo menos cinco crianças sofreram intoxicação devido ao gás e dois adultos tiveram ferimentos leves na cabeça, por conta das bombas de efeito moral que foram lançadas pelo Bope. Todos estão sendo atendidos no posto no interior do quartel.

Antes da entrada dos PMs, diversas bombas de efeito moral foram lançadas para dentro do quartel. Algumas atingiram a cozinha do complexo, onde havia crianças e mulheres. As explosões causaram pânico no local. Ninguém que estava na ala ficou ferido.
O clima já era tenso no início da manhã deste sábado no Quartel Central. Desde 19h30 de sexta (3), bombeiros ocuparam o pátio e as dependências do complexo. Mulheres e até crianças se uniram a oficiais numa passeata que começou em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e que passou pelas principais avenidas do Centro, até chegar ao quartel.

O Cabo Benevenuto Daciolo, porta-voz do movimento, explicou que entre as reivindicações estão piso salarial líquido no valor de R$ 2 mil e vale-transporte. Segundo ele, a manifestação é pacífica, e o grupo só vai deixar o local após um acordo com o governador Sérgio Cabral.
“Nós temos o pior salário da categoria no país, que é de R$ 950. Estamos há dois meses tentando negociar com o governo, mas até agora não obtivemos resposta. Nosso movimento é de paz e estamos em busca da dignidade. Não vamos recuar até que haja uma solução. Queremos um acordo, queremos que o governador se pronuncie”, disse o porta-voz.

Durante a madrugada, os manifestantes cantaram hinos e promoveram “apitaços” no pátio do Quartel Central.

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